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PECUARIA DE LEITE POR LUCAS PELICIA - FUNCOES DA PROTEINA E DA ENERGIA PARA BOVINOS

Hoje vamos saber quais as funções da proteína e da energia para bovinos e os alimentos que contêm esses ingredientes.
Tanto a proteína quanto a energia são vitais para atender as necessidades de mantença, ganho de peso, reprodução e produção dos animais, e permitem o bom funcionamento do sistema de defesa do organismo contra doenças. A energia é, comumente, expressa em nutrientes digestíveis totais (NDT), ou ainda, em energia líquida (EL) do alimento. Nesse caso, desconta-se a energia perdida na forma de gases (metano) e calor, e o resultado é a quantidade de energia que é utilizada para a síntese de proteína, a partir dos aminoácidos, para acúmulo de músculo, gordura (ganho de peso), ou mesmo para a síntese dos componentes do leite, tais como proteína (caseína, albumina e globulinas), gordura e lactose (açúcar do leite). Para a síntese desses componentes, é necessária energia líquida, que tem eficiência de utilização diferente para ganho de peso e para lactação. Uma fração da proteína do alimento no rúmen é degradada em nitrogênio não proteico (N) e aminoácidos (AA). As bactérias e protozoários precisam de proteína (que pode estar na forma de N e AA) para se desenvolverem no líquido ruminal. São eles que digerem a fibra do alimento por meio da produção da enzima celulase. Os produtos da digestão do alimento no rúmen são os ácidos graxos voláteis (AGV), os quais são absorvidos pela parede ruminal e entram na corrente sanguínea. Daí, são levados para o fígado e, depois, para as células da glândula mamária, para a síntese do leite (proteína, caseína, albumina e globulinas), lactose e gordura (manteiga e creme). As bactérias presentes no rúmen, aderidas às partículas de alimentos que não foram totalmente digeridos, passam para o abomaso e sofrem digestão química por meio da enzima pepsina, ativada pelo ácido clorídrico. No intestino delgado, as proteínas também são digeridas pelas enzimas pancreáticas tripsina, quimotripsina e procarboxipeptidase. As bactérias são degradadas em proteína de origem microbiana, sendo absorvidas como aminoácido no intestino delgado 43 dos bovinos, assim como a proteína que escapa da digestão ruminal é degradada em AA. Parte do alimento que não é digerido no rúmen é eliminada na forma de fezes. Os suplementos energéticos mais comuns são o milho, o sorgo, o farelo de trigo, a mandioca e seus coprodutos, a polpa cítrica e a casquinha de soja. Já entre os proteicos, destacam-se o farelo de soja, o farelo e a torta de algodão, o farelo de amendoim e o farelo de girassol.
Lembrando que proteína em excesso pode causar problemas para vacas em lactação, pois o excesso de proteína sobrecarrega o fígado e os rins, pois esse excesso é excretado pela urina, com alto custo energético. Também significa maior custo financeiro, já que a parte mais cara do concentrado é, exatamente, a fração proteica. Há indícios de que a proteína em excesso também pode causar problemas no desempenho reprodutivo. Por isso, o balanceamento de rações é importante.

Fonte de Apoio: EMBRAPA



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